Nascer é ato simples de estar no mundo.
Somos rebentos que vêm com a aurora.
O segundo passo nos vem de fora:
montar algo que vai ser mais profundo.
Mas nós vivemos pensando no agora,
nesse poço negro de tão imundo.
Calculando sempre cada segundo,
esperando a morte que não demora.
Achamos a curta vida uma afronta,
sempre somando os nossos vários anos.
Tristes de nós, não sabemos viver.
No erro de cálculo talvez percamos
a vida, que com ponteiros não se conta,
que se esvai no eterno do nosso ser.
Caio Mello
29/07/2012
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